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A paz do Senhor Jesus Cristo. Hoje é

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Parábola dos Lavradores maus.



“Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe. E, chegando o tempo dos frutos, enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos. E os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro, e apedrejaram outro. Depois enviou outros servos, em maior número do que os primeiros; e eles fizeram-lhes o mesmo. E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho. Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e apoderemo-nos da sua herança. E, lançando mão dele, o arrastaram para fora da vinha, e o mataram. Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores? Dizem-lhe eles: Dará afrontosa morte aos maus, e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe dêem os frutos. Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ângulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto, eu vos digo que o reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que dê os seus frutos.”Mateus 21 vv.33-43




Escrevo hoje este pequeno texto, pois recentemente ouvi uma pregação de um dito “conferencista” com outra direção, outra interpretação que muito feriu meus ouvidos em relação à hermenêutica que não foi empregada, pelo fato de ferir as leis do contexto, do uso comum, do destinatário. Posso com certeza dizer que a interpretação desta parábola é extremamente fácil, tendo em vista que são tão precisos os caracteres de suas personagens e os fatos a que se reportam.


 

Não tenho dúvida alguma em dizer que o proprietário é Deus, a vinha é o Reino de Deus que deverá ser implantado na Humanidade terrena; e os lavradores á quem a vinha foi arrendada são os sacerdotes de todas as épocas, desde os que sacrificavam animais para oferecer em holocausto nos altares do judaísmo até os de hoje, que ministram  em grandiosos templos e catedrais. Os frutos são a piedade cristã, o progresso moral, e os servos incumbidos de recebê-los são os missionários enviados por Deus a Terra, de tempo em tempo, a exemplo dos profetas da Antigüidade, João Hus, Savonarola, Lutero, etc., os quais, por buscar estes frutos junto aos Sacerdotes de suas épocas, tratando da falta de cuidado no trato das coisas divinas, foram por eles perseguidos, injuriados e mortos.

O filho do proprietário é Jesus Cristo, cujo sofrimento na cruz foi, também, obra exclusiva do sacerdotalismo. A herança é o reino dos céus, de que o sacerdócio hierárquico pretende ter a posse, constituindo-se seu único dispensador. Arrogando-se os poderes inerentes ao herdeiro, os sacerdotes, ao invés de cultivarem a vinha, abandonaram-na, esqueceram-na; favoreceram o desenvolvimento de plantas daninhas, deixando, assim, o proprietário sem os frutos devidos.

De fato, após séculos e séculos de influência absoluta sobre as consciências, que resultado têm a apresentar ao Senhor da vinha? A indiferença religiosa, o esfriamento do amor (contribuem para o aumento da iniquidade), o ateísmo e toda a sorte de males decorrentes dessa estagnação espiritual.
O domínio desses lavradores maus, porém, está a findar-se.
Por toda a parte, suas organizações pseudo-religiosas, dogmáticas e obscurantistas, cheias de formalismos, cerimônias culturais, ritos e pompas exteriores, estão em franca decadência.Sim, os dias desses rendeiros relapsos estão contados.
Durante muito tempo, a pretexto de combater heresias e apostasias, eles torturaram, massacraram e queimaram os enviados do Senhor, que lhes vinham cobrar os frutos da vinha. Já agora, a última parte da parábola começa a realizar-se: estão perdendo todo o prestígio que gozavam junto aos governantes e a ascendência que tinham sobre a.s massas populares, assistindo, apavorados, à deserção em massa de suas igrejas; estão sendo destruídos rigorosamente aqui, ali e acolá, sofrendo na própria carne aquilo que fizeram a outrem padecer.
Concluo dizendo que esta parábola retrata a rejeição do amado Filho de Deus , por Israel. Israel rejeita o Messias e o seu reino. Como resultado: o reino  de Deus e seu poder são dados a outros; àqueles que aceitam o Evangelho quer judeus ou gentios. Este princípio continua em vigor. O reino e o seu poder serão tirados daqueles que deixam de permanecer fiéis a Jesus Cristo e que rejeitam os seus caminhos de justiça; em seu  lugar  receberão o reino aqueles que se separam do mundo e buscam   em  primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça (Mateus 6 v.33). Que o amor de Deus que excede todo o nosso entendimento seja derramado sobre sua vida e de sua família em nome de Jesus Cristo. Amém!

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